13 janeiro 2010

Blecaute

OK, agora vai.

Estou voltando para a civilização depois de um bom período de reclusão na caverninha, uma certa antipatia latente de estava bombando aqui por baixo e uma mãozinha de um monitor vagabundo foram mais do que o suficiente pra baixar as cortinas, mas agora as coisas parecem mais suaves, uma nova disposição de férias da qual eu quase já havia me esquecido, uma vontade de louca de correr metaforicamente por aí e de literalmente comer tudo que estiver pelo caminho, porque acima da saudade o que um heremita mais sente é fome.

Livrinho novo, calorzinho do caralho, cuecas novas e PAAANNNZ, tudo engatilhado pra tirar a poeira, o que inevitavelmente me lembra do blecaute de uns tempos atrás e todo esse desgaste por conta de uma super dependência das redes de intregração social, os banhos gelados, as velas acesas, todo esse pânico e cientistas sociais correndo pelas ruas ensandecidos com todas suas teorias da ruína do novo mundo, mas quando a coisa toda parecia mais inevitável foi que descobrimos todas as possibilidades que se escondem na simplicidade das nossas necessidades básicas, e aí o céu todo ficou mais claro, as cartas mais românticas, as pessoas mais presentes.

O meu blecaute acabou.

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